1. O AMOR, COMO FRUTO DO ESPIRITO, DISCIPLINA O USO DOS DONS

a) frutificando no Espírito, o crente cumpre o que Paulo ensinou “ o espírito do profeta é sujeito ao profeta”, 1 Co 14.32; isto porque o amor (fruto) é benigna, tudo espera, tudo crê, tudo suporta, não se ensoberbece, não se porta com indecência, 1 Co 13.4,5. Ou seja, o amor jamais permitirá que o uso dos dons venha produzir confusão, 1 Co 14.33;
b) frutificando no Espírito, temperança ou domínio próprio, o crente mantém seus sentimentos, ações e reações, controlados, impedindo que ele se comporte na igreja com indecência, 1 Co 14.40: “ mas faça-se tudo com decência e com ordem”. A Bíblia diz que é “ melhor o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade.”, Pv 16.32, acrescentando, “ como a cidade derribada que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.”, Pv 25.28. Por isto, a caridade não é invejosa, não se irrita, não suspeita mal, não trata com leviandade( com precipitação), 1 Co 13.4,5.
c) frutificando no Espírito, o usuário dos dons mantém-se humilde, pois o amor não se ensoberbece, 1 Co 13.4. Há um grande perigo rondando o portador dos dons espirituais, face O DESTAQUE que lhe ocorre, “ ... o homem é provado pelos louvores” Pv 27.21b. Pela humildade, toda honra, toda glória e todo louvor é de Jesus, o que impede a reivindicação de qualquer honraria pelo portador, “...importa que Ele cresça, e que eu diminua.”, sabendo que “Deus dá graça aos humildes, mas resiste aos soberbos.”
d) Frutificando no Espírito, o crente é impedido de usar os dons em proveito próprio. Paulo ensina que “o amor não busca seus próprios interesses”, v.5, dando ele mesmo exemplo disto, quando disse na 1Co 10.33: “ Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos,...”, acrescentando em Fp 2.3,4: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade, cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” Satanás tentou Jesus exatamente nisto, ao propor-lhe transformar pedras em pães para saciar a sua fome pessoal, ou seja operar um milagre em proveito próprio, pois, se Jesus tivesse operado a maravilha da transformação insinuada pelo inimigo, a quem aproveitaria os pães? Apenas Jesus, ou seja, estaria atendendo seus próprios interesses. Portanto, é maligna qualquer prática de aproveitamento pessoal em detrimento dos demais na casa de Deus.